Símbolos perdidos

Da colina vi o triste descampado
Amarelecido; e o decaído vão,
Dava aspecto bruto ao doirado
Que há no ouro e no mel e no leão.

Não foi o sol também embalsamado
De cor substanciada em realeza
Que transformou, a queimar o árido
Nessa profana indigência e torpeza.

Nem o crisol que havia purificado
Aquelas almas cheias de beleza
Denominadas "bem-aventurados";

Mas o ladrão que sabota a riqueza
Despovoou todo o significado
Desses símbolos em nossa agudeza.

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